De Córdoba a Mendoza

Após passarmos o Natal nas Serras Cordobesas voltamos para Córdoba e, no dia seguinte, pegamos a estrada para Mendoza.

Há voos diários entre as cidades e leva cerca de uma hora. Nós resolvemos alugar uma Meriva e fazer o trajeto terrestre para conhecer a porção centro-oeste da Argentina.

O caminho entre as cidades pode ser realizado por duas rotas, e, inicialmente, faríamos as duas, sendo a mais longa na ida. O plano inicial era fazer o trajeto em dois dias, com uma parada na cidade de San Luis.

Pegamos a Ruta 20 e atravessamos a Serra até chegar na região que abriga Mina Clavero, Villa Dolores e Nono.

Assim como a maioria das estradas argentinas, a pista é simples, mas com asfalto ótimo e muito bem sinalizada.

Ao longo da serra tem alguns mirantes para tirar fotos.

Paramos para abastecer (essencial, último posto até San Luis) e comer no La Terraza Resto-Bar (Ruta 14, Complejo YPF – Nono, Nono, Argentina).

Restaurante que fica situado ao lado do posto de gasolina. Vale mais pela praticidade de não ter que entrar em alguma das cidades e continuar a viagem. Comida honesta, mas se tiver com tempo sobrando vale a pena buscar outro lugar.

Continuamos pela Ruta 20 até pegar a Ruta 146 que nos levaria a San Luis.

A estrada é praticamente deserta, parece uma reta sem fim, quase sem mudança de paisagem.

Após 03 horas de viagem chegamos em San Luis e fomos direto fazer o check in no Amerian San Luis Park Hotel (Boulevard Las Canadas 9010, San Luis CP 5710, Argentina).

Hotel muito bem estruturado que possui Cassino, Hipódromo, Centro de Convenções e Spa com piscina aquecida.

Os quartos necessitam de reforma e troca das camas, mas nada que tornasse insuportável a nossa estadia. Tivemos um problema com o cofre do hotel que não foi resolvido mesmo após duas ligações, sem contar o fato que ficamos sem água pela manhã.

O hotel fica em LA PUNTA, a 13 km de San Luis.

Parece que foi construída para ser uma cidade nova e moderna, mas que, por algum motivo, ficou abandonada no meio do caminho.

Além do hotel e seus anexos, a cidade abriga um belo estádio de futebol aparentemente sem uso. Há uma réplica do Cabildo argentino e um Centro Astronômico.

Segundo os funcionários do hotel, o município de La Punta não tem restaurantes decentes, desta forma, nos indicaram jantarmos em San Luis.

Ocorre que San Luis é feia, sem quaisquer atrativos, e, como não gostamos da cidade, resolvemos comer uma pizza (que estava boa) no restaurante do hotel.

No dia seguinte acordamos, enchemos o tanque, e pegamos a Ruta Nacional 7 com sentido a Mendoza. Estrada muito boa, com pista dupla e cheia de caminhões, já que faz a ligação entre Buenos Aires e Santiago.

Após 40 minutos de viagem, logo após o pedágio, sob um calor de 38 graus, o trânsito parou e não andava mais do que 100 metros a cada 10 minutos (depois ficamos sabendo que se tratava de uma blitz que revistava todos os carros e estava demorando, em média, 04 horas para passar pela barreira policial).

Percebi que vários argentinos estavam fazendo o retorno e voltando sentido San Luis. Resolvi fazer o mesmo porque prefiro 04 horas dirigindo por um caminho mais longo do que parado no trânsito.

Consultei no Google Maps e vi que tinha uma rota mais longa pela Ruta 147 + Ruta 20 + Ruta 142.

Voltamos até San Luis para encher o tanque do carro porque o policial nos avisou que seriam 210 km sem nenhum posto por perto.

O primeiro posto de gasolina fica no cruzamento da Ruta 20 com a Ruta 142, em uma pequena cidade chamada Encon.

Foram quase 250 km sem qualquer indício de uma cidade com a mínima infraestrutura. Passamos apenas por vilarejos preenchidos por algumas poucas casas. A paisagem árida teimava em nos acompanhar. A estrada é boa, com pista simples, mas tem que prestar muita atenção nos animais que cruzam a pista o tempo inteiro.

Ao final da Ruta 142 começamos a passar por vinícolas, olivícolas e, bem longe, avistar a Cordilheira dos Andes, enfim, estávamos chegando em Mendoza.

Após uma semana por Mendoza e região resolvemos voltar diretamente para Córdoba, sem pernoite, e optamos pelo caminho mais curto e árido, aquele formado pelas Rutas 142 e 20.

Cumpre lembrar que o caminho todo é feito por estradas com pista simples, bem sinalizadas e com raríssimos postos de gasolina. Portanto, aconselho sair sempre de tanque cheio e abastecer nos postos anteriormente mencionados, em Encon e Villa Dolores.

Caso escolha o caminho pela Ruta Nacional 7 tem que abastecer em San Luis e Villa Dolores. Sem dúvida alguma a viagem de carro valeu muito a pena, pois passamos em lugares que jamais conheceríamos na Argentina.

Em minha opinião, a viagem ideal seria:

Córdoba (1 dia) –> Villa Carlos Paz (2 dias) –> Villa General Belgrano e La Cumbrecita (3 dias) –> Mendoza (5 dias) –> Córdoba (1 dia).

Posts relacionados:

https://comidaparaviagem.wordpress.com/2015/01/10/huerta-grande-la-cumbre-los-cocos/

https://comidaparaviagem.wordpress.com/2015/01/10/villa-carlos-paz/

https://comidaparaviagem.wordpress.com/2015/01/10/villa-general-belgrano-la-cumbrecita-e-regiao/

https://comidaparaviagem.wordpress.com/2014/12/08/cordoba-argentina/

https://comidaparaviagem.wordpress.com/2014/01/31/mendoza/

5 thoughts on “De Córdoba a Mendoza

  1. Pingback: MENDOZA | Comida para viagem

  2. Pingback: HUERTA GRANDE – LA CUMBRE – LOS COCOS | Comida para viagem

  3. Pingback: VILLA CARLOS PAZ | Comida para viagem

  4. Pingback: VILLA GENERAL BELGRANO – LA CUMBRECITA E REGIÃO | Comida para viagem

  5. Pingback: CORDOBA – ARGENTINA | Comida para viagem

Leave a comment